Pelos meandros da botânica ou da medicina, percorrendo tanto a geografia quanto a estética, há uma crença de que toda escara é um distúrbio: escancara aquilo que deveria ser mantido oculto, em estado inócuo, apaziguado no subterrâneo. A exposição Da flor da pele ao pó do osso tem como cerne o conceito de cicatriz: seja pela abstração, seja pela concretude de suas imagens, somam-se fissuras e entranhas, imaginários que vão dos traumas à sua exacerbação, do estigma à regeneração.
Conjugando o trabalho de Dora Smék (SP), Érica Magalhães (MG) e Vitória Macedo (RS), o diálogo proposto põe em relevo uma premissa tão íntima quanto universal: toda essência se encontra em um ponto nuclear, hermético, assentado nas profundezas da realidade externa. A condição física do corpo pode ser duramente abalada pelo corte – onde tudo que é interno se torna exposto –, antecedendo uma presumida superação à forma de um tecido regenerado, quando resta apenas o vestígio daquilo que já foi cisão: do golpe à cicatriz, da crise à reação.
A exposição – batizada com um trecho de canção composta por Caetano Veloso e interpretada por Elza Soares – apresenta a produção de artistas com trajetórias múltiplas, trazendo luz à invisibilizada produção afro-gaúcha contemporânea, à chaga colonial em suas imposições binárias e às manifestações do inconsciente através do corpo feminino – sem limitar a magnitude dos subtextos evocados.
O projeto curatorial de Henrique Menezes, natural de Porto Alegre (RS), põe em diálogo três jovens artistas: Dora Smék (Campinas, SP), Érica Magalhães (Muriaé, MG) e Vitória Macedo (Porto Alegre, RS). Da flor da pele ao pó do osso apresenta fotografias e esculturas que “têm como cerne o conceito de cicatriz. Ideias de fissuras e entranhas, simbolicamente evocando imaginários do trauma e regeneração, dos estigmas às superações”.
Pelos meandros da botânica ou da medicina, percorrendo tanto a geografia quanto a estética, há uma crença de que toda escara é um distúrbio: escancara aquilo que deveria ser mantido oculto, em estado inócuo, apaziguado no subterrâneo. A exposição Da flor da pele ao pó do osso tem como cerne o conceito de cicatriz: seja pela abstração, seja pela concretude de suas imagens, somam-se fissuras e entranhas, imaginários que vão dos traumas à sua exacerbação, do estigma à regeneração.
Conjugando o trabalho de Dora Smék (SP), Érica Magalhães (MG) e Vitória Macedo (RS), o diálogo proposto põe em relevo uma premissa tão íntima quanto universal: toda essência se encontra em um ponto nuclear, hermético, assentado nas profundezas da realidade externa. A condição física do corpo pode ser duramente abalada pelo corte – onde tudo que é interno se torna exposto –, antecedendo uma presumida superação à forma de um tecido regenerado, quando resta apenas o vestígio daquilo que já foi cisão: do golpe à cicatriz, da crise à reação.
A exposição – batizada com um trecho de canção composta por Caetano Veloso e interpretada por Elza Soares – apresenta a produção de artistas com trajetórias múltiplas, trazendo luz à invisibilizada produção afro-gaúcha contemporânea, à chaga colonial em suas imposições binárias e às manifestações do inconsciente através do corpo feminino – sem limitar a magnitude dos subtextos evocados.
sobre o evento
O projeto curatorial de Henrique Menezes, natural de Porto Alegre (RS), põe em diálogo três jovens artistas: Dora Smék (Campinas, SP), Érica Magalhães (Muriaé, MG) e Vitória Macedo (Porto Alegre, RS). Da flor da pele ao pó do osso apresenta fotografias e esculturas que “têm como cerne o conceito de cicatriz. Ideias de fissuras e entranhas, simbolicamente evocando imaginários do trauma e regeneração, dos estigmas às superações”.
visitação
De 19 de julho a 12 de janeiro de 2025
abertura
19 de julho - 15:00 horas
acompanhamento crítico