Entre tramas e labirintos
"Eu fui a Canoa Quebrada de férias com minha mãe, e encontramos uma amiga dela que frequentava o local desde os anos 1980, e já era muito apaixonada por lá e conhecia muita gente. Tive o privilégio de chegar conhecendo as pessoas e ser apresentada nas casas e tomar café com as pessoas nas cozinhas e nas varandas. Outra coisa que aconteceu, um feliz acaso, foi que choveu bastante na semana em que eu estava lá. Então, nesses dias que eram de pré-carnaval, aproveitei para ficar conversando com as pessoas. Nesse período, comecei a ouvir as histórias, primeiro de como era a Canoa Quebrada antigamente. E eu estava muito encantada com esse acolhimento, acho que nunca tinha me sentido tão acolhida assim, de maneira tão rápida e tão generosa como lá em Canoa Quebrada. Tinha também essa coisa do tempo mais lento, das pessoas jogando baralho e das mulheres fazendo labirinto nas varandas, que é um bordado típico local, ou os pescadores refazendo suas redes, o que ocorre mais nos fins de semana. Eu ficava sentada observando e conversando, perguntava como era Canoa Quebrada antigamente, e as pessoas iam me falando. Isso me impulsionou a pensar em um registro, inicialmente, audiovisual."
Raquel Gandra em entrevista para Renata Felinto
A artista carioca Raquel Gandra apresenta a série Entre tramas e labirintos, com acompanhamento crítico e entrevista de Renata Felinto. Suas obras fotográficas retratam imagens oníricas de Canoa Quebrada, no Ceará, onde os processos ditos civilizatórios vão se sobrepondo aos costumes regionais. Em camadas intercaladas de verdade e imaginação, temos uma cosmovisão própria que reforça os saberes e lendas da região.
"Eu fui a Canoa Quebrada de férias com minha mãe, e encontramos uma amiga dela que frequentava o local desde os anos 1980, e já era muito apaixonada por lá e conhecia muita gente. Tive o privilégio de chegar conhecendo as pessoas e ser apresentada nas casas e tomar café com as pessoas nas cozinhas e nas varandas. Outra coisa que aconteceu, um feliz acaso, foi que choveu bastante na semana em que eu estava lá. Então, nesses dias que eram de pré-carnaval, aproveitei para ficar conversando com as pessoas. Nesse período, comecei a ouvir as histórias, primeiro de como era a Canoa Quebrada antigamente. E eu estava muito encantada com esse acolhimento, acho que nunca tinha me sentido tão acolhida assim, de maneira tão rápida e tão generosa como lá em Canoa Quebrada. Tinha também essa coisa do tempo mais lento, das pessoas jogando baralho e das mulheres fazendo labirinto nas varandas, que é um bordado típico local, ou os pescadores refazendo suas redes, o que ocorre mais nos fins de semana. Eu ficava sentada observando e conversando, perguntava como era Canoa Quebrada antigamente, e as pessoas iam me falando. Isso me impulsionou a pensar em um registro, inicialmente, audiovisual."
Raquel Gandra em entrevista para Renata Felinto
sobre o evento
A artista carioca Raquel Gandra apresenta a série Entre tramas e labirintos, com acompanhamento crítico e entrevista de Renata Felinto. Suas obras fotográficas retratam imagens oníricas de Canoa Quebrada, no Ceará, onde os processos ditos civilizatórios vão se sobrepondo aos costumes regionais. Em camadas intercaladas de verdade e imaginação, temos uma cosmovisão própria que reforça os saberes e lendas da região.
sobre o artista
Raquel Gandra (Rio de Janeiro, 1986) é artista visual, fotógrafa e andarilha. Formada em comunicação e mestre em belas-artes pela UFRJ, cursou o máster em fotografia artística e documental no Instituto de Produção Cultural e Imagem IPCI, em Portugal. Participou de exposições coletivas no Brasil e na Europa, com destaque para a Limburg Biennale (Holanda, 2024), Galeria Mundo (Rio de Janeiro, 2023), Semana da Fotografia (Caxias do Sul, RS, 2022), FOTO EM PAUTA 2022 (Tiradentes, MG), SUBURBS, Galeria Millepiani (Roma, Itália, 2019). Em 2021, recebeu o XIV Prêmio de Fotografia Marc Ferrez e, em 2023, foi uma das 36 finalistas da bolsa internacional PH Museum Photography Grant. Em sua trajetória, que perpassa diferentes linguagens, compreende o dispositivo de criação de imagens como meio fortuito para dar a ver/imaginar o outro e nós mesmos, e questionar a maneira como enxergamos a própria realidade. Ao explorar várias técnicas analógicas, busca criar imagens porosas que acontecem entre a materialidade e a imaginação e que, de outra forma, não seriam vistas.
visitação
De 19 de julho a 12 de janeiro de 2025
abertura
19 de julho - 15:00 horas