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Bate-papo com Artista | Ana Raylander e André Pitol

Programação paralela à exposição em cartaz Temporada de Projetos 2023

Data: 22 de setembro, sexta, das 19h às 20h

Local: Paço das Artes (Rua Albuquerque Lins, 1345)

Ingresso: gratuito

Classificação indicativa livre 

Crédito: Estúdio em Obra

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sobre o evento

Como programação paralela da Temporada de Projetos 2023, a artista Ana Raylander conversa com o crítico André Pitol, responsável pelo acompanhamento da artista na exposição William,. Em uma pequena sala do Paço – espaço que já foi, de fato, uma cela, em épocas obscuras da ditadura militar – agora ocupada pela artista, procura-se reconfigurar códigos entre encarcerados do país. Estetizando o universo prisional, as obras que compõem o ambiente trazem detalhes gráficos e escultóricos de tatuagens e seus significados sociais. 

No contexto carcerário, homens que foram apenados pelo crime de homicídio ou que perderam um “irmão” para o crime são marcados com tatuagens de lágrimas no rosto, debaixo dos olhos. Elas são tatuadas com equipamentos improvisados, sem definições precisas ou traços contínuos. A cada homicídio ou irmão morto, uma lágrima é riscada no rosto, podendo haver mais de uma delas, formando um conjunto de gotas. Em ambientes mais urbanos, a mesma tatuagem também vem sendo realizada, porém os motivos são estéticos e os homens, muitas das vezes, ocupam lugares de privilégio de classe e raça. Essas tatuagens, de motivações mais estéticas, são influenciadas por essa tradição carcerária ou pela estética do rap. A artista tem fotografado, nos últimos anos, homens que marcaram os seus rostos com essas lágrimas. As fotografias, que são um projeto a longo prazo, não revelam o rosto integral desses homens, não interessando expor suas identidades ou revelar a totalidade de suas faces. O projeto William é a primeira materialização de Ana, que busca tensionar o campo da realidade e da ficção. 
 
Ana Raylander (João Monlevade, MG, 1995). Em sua prática, procura estabelecer um diálogo entre a história coletiva e sua própria história, envolvendo grupos de pessoas para colaborações. Com formação em palhaçaria, bacharelado em artes pela Universidade Federal de Minas Gerais e arte e multimédia pela Escola Superior Gallaecia, Portugal, entende sua atuação como um fazer interdisciplinar. Vem recorrendo aos saberes da educação, escrita, performance e brincadeira para discutir urgências em projetos de longa duração. Foi contemplada com a residência de pesquisa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2021), arte contemporânea na Adelina Instituto, São Paulo (2019) e o Prêmio de Residência EDP nas Artes, do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2018). Realizou projetos pelo Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (2018) e pela Apexart de Nova York (2021). 

André Pitol (Jaú, SP, 1989) é curador e pesquisador. Desenvolve prática de pesquisa documental, cursos e projetos em curadoria e mídia digital, crítica de arte, fotografia, arquivos, artes e migrações, a partir de uma perspectiva afrotópica da história da arte. Estudou no Museu do Sol de Penápolis, na Fundação das Artes de São Caetano do Sul e na Universidade de São Paulo. Escreveu artigos e ensaios sobre Madalena Schwartz, Claudia Andujar, Pierre Verger, Almir Mavignier, José Oiticica Filho e Alair Gomes. Realizou a exposição Expondo patrimônios: a arte de pendurar histórias (São Paulo, 2019), foi cocurador da 30ª Mostra de Arte da Juventude (Sesc Ribeirão Preto, 2022/ Sesc Consolação, 2023) e curador-adjunto de A parábola do progresso (Sesc Pompeia, 2022/2023). 

visitação

De 22 de setembro a 22 de setembro de 2023

abertura

22 de setembro - 19:00 horas

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